domingo, 18 de maio de 2014

Maneater

 Ela devorava os homens, simples assim, não os regurgitava depois. Depois de muita dor e luto ela  transformara-se em canibal , como boa estripadora ia por partes  e eles se deixavam devorar,  era agridoce ser comido vivo.
Ela tinha método, começava por baixo como um comichão que sobe as pernas e lá se iam as mesmas, pernas fora. Depois o centro, o que o homem considera usar para dominar o mundo o falo, não era o que mais a apetecia, mas era o mais fácil de comer não precisava de receitas  muito elaboradas aquilo era simples  nessa ocasião a vítima entrava em êxtase .
Depois a cabeça, queria o cérebro, queria os pensamentos (por mais que esses não fossem comestíveis) entrava na cabeça deles como uma droga e eles não tinham alternativa a não ser render-se, gostava de brincar de inventar receitas com o cérebro dos outros.

Por último vinha o coração, ela não tinha muita certeza que aquilo tivesse algo a ver com sentimentos, mas gostava particularmente de degustar um coração cozido em vinho Bordeaux, não sentia culpa, pois pensava que a vítima merecera tal fim, nessa hora eles gritavam ela apenas ria, afinal crueldade é substantivo feminino.

3 comentários:

  1. "...entrava na cabeça deles como uma droga".
    Precisamos de um herói imune!

    E segundo Hannibal Lecter, os melhores vinhos para harmonizar com cérebros humanos são os Amarones italianos.

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  2. Depois disso, fiquei com a música da Nelly Furtado na cabeça.

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  3. Depois que eu escrevi, também me lembrei Antonio.

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