Medo de escrever
SEMPRE TIVE MEDO, SIM MEDO DE ESCREVER, medo de não ser boa
o bastante para o leitor, ou pior medo de nem sequer ser lida, de que adianta
falar quando não há ninguém para ouvir?
Todos querem ser gênios, ou pelo menos fazer alguma coisa da
qual realmente se orgulhem antes dos 25, bem estou com vinte e quatro anos e
zero realizações das quais me orgulho no placar.
A vida nunca foi tão fácil assim para mim, é bem verdade que
também não foi tão difícil quanto poderia ter sido, mas e daí a despeito do último fato eu ainda me sinto
uma injustiçada, eu nunca fui a mais bonita a mais inteligente ou a mais alguma
coisa de nada, eu sou apenas medíocre e isso me dá dor de estomago.
Eu nunca almejei
mudar o mundo, sempre pensei que são as pessoas que fazem com que o mundo não
seja bom o bastante e que se ninguém de fato se importa com o mundo que o deixe
como está (apesar disso meu filósofo favorito é o Marx ) não estou gostando desse texto por causa do
número de vezes que eu escrevi EU,sempre
pensei que os bons escritores tem a habilidade de escreverem sobre si e
incluírem todo mundo naquele personagem, mas e daí eu não sou uma escritora nem
boa nem ruim apenas escrevo.
Sou impaciente, intempestiva
e bondosa, do tipo que se
compadece da dor alheia (agora até isso é condenável sentir pena não anda na
moda), sou péssima em matemática e estudo economia o que frita meu cérebro ,
não sei até hoje se eu quero ser economista, não fui criada para fazer o que eu
quero e sim para fazer o que eu mais
tolero e me dê mais dinheiro, não sei o
que eu quero.
UPDATE: Continuo com medo de escrever, mas também continuo escrevendo então que bom que o medo não me impediu, ainda continuo com zero realizações no placar (mentira ando com -1 já que casei e me separei em nove meses e agora todo o mundo me olha com dó), continuo ruim em matemática, ainda estou na faculdade.
O lado B
Tenho um lado meio brega , gosto de romance e de músicas
melodramáticas cantadas por potentes vozes, amo cinema, digo novamente amo
cinema daquele tipo que vai ao cinema
umas quatro vezes na semana ( nem sempre é tão frequente porque ando muito dura
, estou desempregada) essa conversa de desemprego leva a outro tópico : dívidas
(tenho muitas dívidas e eu só tenho 25 em, penso as vezes que eu sou um
sumidouro de dinheiro).
Genética e a ausência de afinidades.
Quanto mais eu escrevo, mais eu me toco de que sou
superficial, talvez seja um problema da minha geração, estou aqui falando sobre
mim, somente sobre mim, meus pais estão no quarto ao lado vendo TV e tudo que
nós três fazemos a essa altura é nos evitar, talvez pela constatação de que
somente a genética não é suficiente para suprir a total falta de afinidade que
nós temos, eu costumo suprir a minha com junk food (eu não sou gorda).
Estou triste, me sinto sem vontade de continuar, estou
escrevendo muito mais por catarse mental do que por qualquer outra coisa, eu
desejei tanta coisa diferente a essa altura da minha vida, com 24 anos eu teria
meu apartamento, tudo bem que isso é difícil até para quem tem um emprego já
viram quanto está custando um apê no Rio? Teria também me formado por que na boa
quem é o perdedor que com 24 anos ainda não se formou? (EU), teria um carro (eu
nem carteira de motorista tenho acredite se quiser é a terceira vez que eu
tento) ao menos eu tenho ele, meu namorado , que não é perfeito porque ninguém é,
mas, é certo para mim em muitos aspectos , eu o amo verdadeiramente em
contrapartida ele torna a minha existência um pouco menos vazia.
UPDATE :Tudo piorou, estou sem apartamento, sem emprego, ainda na faculdade e agora sem namorado (ele virou marido e ex marido em apenas um ano)
Fim de caso: Não fale com ele, imagina você conhecer um novo ele e despejar todos esses problemas, você parecerá uma louca e ele saíra correndo, homens querem leveza, sorrisos e um bom sexo, se você tem problemas semelhantes fale para o analista homem nenhum consegue lidar com isso (acredite em mim ... eu sei).
Diarreia emocional em espaço e tempo.
ResponderExcluirGostei dessa avalanche de informações.