sexta-feira, 16 de maio de 2014

Toda dor vem do desejo de não sentirmos dor


A inegável vontade de ser feliz me persegue, mas a tal felicidade nunca me alcança . Estou na ocasião de mais um aniversário, eu nunca fui de ficar reflexiva em aniversários  eu os aproveitava e pronto, acho que talvez eu era feliz e não sabia (se é que felicidade existe).
Fato é que a sua ausência ainda reverbera em minha vida e não é como se eu não conseguisse viver sem você , eu consigo só não é tão bom.
Tão logo detectei que me sentia muito solitária, desacompanhada nesse mundo (afinal você era a minha companhia) sai na busca incessante por essa substituição e adivinha só? Quebrei a cara, quebrei mesmo, admito sem vergonha, na aflição em que me encontro não cabe nenhuma veste.
Sobre o que eu queria falar é como alienar-se não resolve, hoje um corpo , um cheiro, um gozo, um elogio ao pé do ouvido que te faz arrepiar (ou não e é bem pior quando não) e depois a indefectível solidão que me pega deitada em minha cama ou na cama de outro alguém.
  É  aquele momento em que se abre os olhos na madrugada e tudo está  muito escuro, você estreita os olhos para enxergar , seus olhos acostumam-se a baixa luminosidade e você vê na penumbra aquela silhueta delgada e você pensa foi bom mas não foi o máximo ( você sabe que o máximo só vem com um bocado de sentimentos juntos) você só quer sumir daquele lugar, parei com isso, parei com os vícios.
Em verdade nada resolve, talvez resolva um dia eu esbarrar em alguém e aquilo ser o novo trazendo a possibilidade de um amanhã.


 Não ligue isso tudo é coisa do gene da espécie , tentando me fazer acreditar que só existimos nos perpetuando , que precisamos dessa tal coisa chamada amor.

Um comentário:

  1. A culpa toda é da Disney, que colocou na nossa cabeça essa balela de felizes para sempre.

    A gente vive sozinho, ainda que não esteja. Essa é a verdade.

    Difícil é a gente acreditar nisso. Acho que a gente passa a vida tentando acreditar.

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